XXXI Domingo do tempo comum . Ano B
Homilia do 31º domingo comum B
A Liturgia deste XXXI Domingo do Tempo Comum diz-nos que o amor está no centro da vida e da experiência cristã. Assim, o caminho da Fé que vamos percorrendo nesta vida resume-se em adorar e amar a Deus acima de todas as coisas e, depois, no amar aos irmãos como a nós próprios.
Questionado por um escriba sobre qual seria o maior dos Mandamentos, Jesus cita as palavras do Livro de Deuteronómio que escutamos também na primeira Leitura: ‘O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças’. Mas, logo em seguida, completa este Mandamento com um outro, um Mandamento novo que nasce do amor que Jesus tem por cada um de nós: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’.
Jesus apresenta, neste diálogo, a relação entre os dois maiores mandamentos que resumem toda a Lei de Deus e se complementam mutuamente: É por amarmos a Deus acima de tudo que amamos os nossos irmãos tal como nos amamos a nós mesmos e desejamos o seu bem, tal como queremos o nosso próprio bem.
Não amamos os nossos irmãos, faltamos-lhes ao respeito, cometemos injustiças, porque é a consequência de não amarmos verdadeiramente a Deus.
A caridade para com o outro só é cristã, verdadeira e eficaz quando damos testemunho da nossa Fé e levamos o nosso próximo a Deus. É este o cúmulo da caridade cristã, pois se Deus é o melhor tesouro que nos gloriamos de possuir, que maior acto de amor podemos fazer que não seja o de levar este tesouro divino aos outros?
Por isso, assim como queremos que Deus nos acompanhe e nos leve para Si no fim da vida (o maior bem que um dia poderemos ter), devemos desejar o mesmo – como desejamos para nós próprios – para o irmão.
Amar a Deus acima de tudo e amar o próximo como a nós mesmos. Nisto se resume toda a proposta que Deus nos faz para termos uma vida plena e feliz na Terra e, depois, alcançarmos a Vida Eterna na Sua presença.
Procuremos ter nesta próxima semana a consciência destas duas dimensões: o amor total e incondicional que devemos ter a Deus e, envolvidos por esse amor puro, transmiti-lo aos irmãos por palavras e por obras.
Às vezes, o mundo apresenta uma imagem do Cristianismo como de uma proposta de vida que oprime a nossa liberdade, que vai contra o nosso desejo de felicidade e de alegria. Mas isto não corresponde à verdade! Os cristãos são homens e mulheres verdadeiramente felizes porque sabem que nunca estão sozinhos, mas que são amparados sempre pelas mãos de Deus!
(… - Jovens)
Compete, sobretudo, a vocês, jovens discípulos de Cristo, mostrar ao mundo que a fé confere uma felicidade e uma alegria verdadeira, plena e duradoura. E se o modo de viver dos cristãos por vezes parece cansado e inútil, vocês devem ser os primeiros a testemunhar o rosto jubiloso e feliz da fé. O Evangelho é a prova que Deus nos ama e que cada um de nós é importante para Ele. Mostrem, queridos jovens, ao mundo que é precisamente assim!
Faço minha a exortação que o Santo Padre Bento XVI dirige aos jovens na ocasião da próxima Jornada Mundial da Juventude: “Sede pois, missionários entusiastas da nova evangelização! Levai a quantos sofrem, a quantos estão em busca, a alegria que Jesus quer doar. Levai-a às vossas famílias, às vossas escolas e universidades, aos vossos lugares de trabalho e aos vossos grupos de amigos, onde quer que vivais. Vereis que ela é contagiosa. E recebereis o cêntuplo: a alegria da salvação para vós próprios, a alegria de ver a Misericórdia de Deus agir nos corações.